quarta-feira, 18 de julho de 2018

Tempo OFF e a correria da vida

Há um bom tempo não aparecia por aqui.

Pois é! a vida anda corrida e, embora eu tenha escrito muitas coisas, nenhuma havia sido direcionada para este espaço. 

Escrevi planejamentos e relatórios para meu trabalho e muitos pensamentos acerca da minha prática - até que fui demitido.

Com a demissão, foi um breve tempo de refletir, porém, estava às vésperas de concluir minha especialização. Logo, havia um TCC a ser escrito e meus esforços foram desprendidos para este fim.

De certa forma, o assunto continuou pairando sobre minha área de atuação profissional - a educação popular, e assim sucederam os dias (tensos) de construção e correção do trabalho.

Concluída esta etapa, lá estava eu novamente em reflexão, ponderando os caminhos pelos quais passei e, também, os próximos passos dessa longa jornada chamada vida.

Nisto tudo, em nenhum momento parei para visitar este espaço. Confesso que mesmo no séc. XXI, a era da informação, ainda me pego desajeitado com tudo isso e não sei ao certo como lidar com tantas ferramentas (youtube, instagram, facebook, twitter, blogger, etc...). Às vezes acho mesmo é que não deveria ter saído dos anos 90, quando o auge mesmo era o orkut e o msn (risos).

De fato, as coisas tem mudado rapidamente, e vejo as pessoas usando todo esse aparato tecnológico para ganhar a vida e penso: eu deveria tentar!?

Ainda não sei ao certo se sim, e nem como, mas tenho ouvido (de um tempo pra cá) que deveria usar melhor minha habilidade de me expressar tanto verbal quanto escrita para expandir esta relação interpessoal e também romper com as barreiras que podem causar separação.

Foi esta a reflexão que me trouxe de volta para este espaço. Pensando sobre como este blog surgiu, me lembrei que foi porque eu tinha passado algo impactante na vida e queria registrar para mim mesmo (porque muitas vezes eu tenho vergonha de mostrar as coisas que escrevo à outras pessoas) e, de repente, a partir disso a vergonha começou a me deixar e pude evoluir tanto na forma de me expressar como na coragem de mostrar meus pensamentos.

Neste sentido, acredito no poder de todas estas ferramentas e tenho buscado formas de estar mais presente e ativo com elas. Conhecer pessoas que trabalham com isso como o Pr. Eduardo Medeiros e seu projeto Parábolas Geek (além de outros) me mostrou como pode ser relevante, se bem usado, este universo que põe à nossa "mesa" todos os dias.

O difícil vai ser eu traçar linhas de pensamento, já que penso sobre variados temas e divago sobre a vida e tudo que nela existe. Todavia, é possível ajudar e ultrapassar fronteiras. E o mais legal de tudo é saber que se pode chegar aos mais improváveis lugares e pessoas saindo do OFF para a correria da vida.

sábado, 15 de julho de 2017

Divagações imperfeitas...


Não há perfeição em meu ser
Eu até tentei, até busquei
Tudo o que mais quis foi alcançá-la...

Corri na esperança de pegá-la
Cansei, me esgotei, me frustrei...

Ao ser humano talvez não tenha sido dado o dom de ser perfeito...

A despeito,
embora não perfeito, sempre fui verdadeiro
Sempre fui eu mesmo
Talvez este seja o ponto que desagrade, desencante

Talvez, conhecer alguém que é autêntico seja frustrante
Todavia, apesar de errante
Sigo meu caminho em busca de um mundo melhor
Onde ser perfeito não seja o desejo
Onde se possa ser você mesmo
Onde o que se é baste
Para se alcançar felicidade!

domingo, 11 de dezembro de 2016

Homenagem a um sorriso


Teu sorriso vale mais que o mundo inteiro
Basta ele abrir pro meu dia iluminar...

Teu sorriso contagia a minha alma
Basta ele abrir pro meu dia melhorar...

Eu fico encantado com as covinhas das tuas bochechas...

Hipnotizado não consigo parar de te olhar...

O teu sorriso aberto realça toda a sua beleza...

Me deixa feito um moleque pronto pra brincar!

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Fragmentos de sentimentos

Ainda que eu escrevesse todos os poemas
E resolvesse todos os dilemas

Ainda que eu desse a volta ao mundo
Ou em sua frente parasse um segundo

Ainda que soubesse todo vocabulário
Adjetivos, sinônimos e contrário

Ainda que musicasse todo o amanhacer
E te levasse pra ver todo entardecer

Ainda que eu pudesse explicar o mundo todo...

Mesmo assim, não conseguiria explicar a fonte de sentimentos que você desperta em mim!

sexta-feira, 3 de junho de 2016

A história do sapato


O ano de 1986 foi realmente muito especial. Na imparável cidade de São Paulo, em pleno carnaval, os sapatos saíram da caixa pela primeira vez. Eram lindos, novinhos, ainda não tinham se submetido ao contato com o solo.

Aos poucos, começeram a descobrir os caminhos a trilhar. Por onde passavam, descobriam novas texturas. A maciez da grama, a aspereza do cimento, a dificuldade de atolar no barro. Cada solo com sua característica própria os levava a experimentar novas sensações a cada momento.

Não foram poucas as vezes que ele toparam com obstáculos, e isso os modificaram, deixando marcas por todos os lados.

Pelo caminho das descobertas, muitas pés calçaram os sapatos. Alguns em busca de conforto, outros em busca de proteção para passar solos difíceis e outros, apressados, que corriam para alcançar mais rápido o seu destino. Todos os pés também modificaram os sapatos, devido aos seus diferentes formatos e, também, a diversidade de intenções pelas quais o calçavam.

Todos concordam ao dizer que os sapatos os ajudaram muito em seus caminhos, facilitando o trajeto, protegendo e agilizando muitas vezes os passos. Porém alguns, após o uso, simplesmente o jogaram para o canto onde os sapatos, sem entender o motivo do abandono permaneceram, até que os próximos pés os resgatassem.

Não obstante, os sapatos olham todos os caminhos que já trilharam, todos os pés que ajudaram, todas as pegadas que pelo caminho deixaram e, ainda que algumas vezes entrassem pedras neles, que ficassem enlameados ou cheios de areia, percebem o quanto valeu a pena. Os sapatos participaram de histórias. Deixaram caminhos a serem trilhados. Acima de tudo, os sapatos construíram histórias.

Os sapatos nada mais são do que nós mesmos.

Passamos por tantos caminhos. Alguns passeando, outros apressados. Tantas histórias vivemos. Tantos pés(soas) acolhemos. Ainda que alguns tenham nos usado apenas para alcançarem seus objetivos, fazemos parte do caminho deles.

Que todos nós possamos ser como os sapatos, que percorrem caminhos, que deixam pegadas, que ajudam outros a trilharem os trajetos. Que resistamos as topadas e nos adaptemos aos diferentes tipos de solos pelos quais pisamos. Que acima de tudo, façamos história, deixando ensinamentos e memórias a todos quantos precisarem as "calçar" para prosseguir.
 

sábado, 28 de maio de 2016

Pequenos gestos

Já ouvi e li algumas vezes a seguinte pergunta: o que você faria se pudesse mudar o mundo?

Já ouvi e li respostas a respeito também. Assim como já as pensei.

Acabaria com a fome, com a desigualdade social, com o preconceito e violência contra a mulher, etc. Tantas coisas em larga escala que, num piscar de olhos, faria do mundo o lugar mais maravilhoso e fraterno de se viver.

Mas e o que temos feito para mudar realmente o mundo? Ora, o piscar de olhos mágico que citei acima não existe. Sendo assim, é preciso que tomemos consciência que passo-a-passo, de atitude em atitude, podemos causar esse efeito de mudança. Gradativamente.

Que tal começarmos com "bom dia", "como vai", "por favor", "com licença", "obrigado". Pequenas gentilezas que de tão simples parecem até tolas e dispensáveis, porém, que impactam de forma contundente quem as recebe. Experimente reparar com carinho as pessoas à sua volta. Note quando uma colega de trabalho corta o cabelo ou muda o penteado e elogie isso. À partir disto, você poderá provar com seus próprios olhos o poder de tornar o dia de alguém melhor, bem aí em suas mãos.

Ao invés de chamar o mendigo mal cheiroso de vagabundo, cumprimente-o e peça como se chama. Talvez você se surpreenda com a história por trás do odor. Ao invés de pensar que as pessoas mereçam o mal que lhes aflige, experimente desejar que coisas boas venham sobre elas.

São as pequenas atitudes que mudam o mundo diariamente. E essa mudança se efetiva - além do ambiente em que você vive - em você e seu modo de enxergar e amar a vida.