segunda-feira, 2 de maio de 2011

Lidando com cicatrizes...



    Bom galera, há tempos eu não aparecia por aqui né...
    Pois é, hehe... e começando a falar sobre cicatrizes, quero explicar como me surgiu esse assunto. Ontem sofri um pequeno acidente doméstico que me rendeu 8 pontos na boca, um olho inchado e muita dor de cabeça rsrs. É sério, bom, eu desmaiei no banheiro e bati o rosto no registro do chuveiro e na parede com tudo. O fato de apagar do nada e acordar cheio de dor e sangue é só a ponta do iceberg pra falar sobre cicatrizes.
    É óbvio que vou ficar com a cicatriz na boca, afinal foram 8 pontos que vão se juntar aos mais de 50 que já tenho espalhados pelo corpo rsrs, mas não é simplesmente sobre esse tipo de cicatriz que eu quero falar. Quero falar sobre as que já estavam em mim antes desse blackout que sofri, e ouso dizer, as que podem estar diretamente relacionadas a ele.
    Se eu fosse você, esta altura do post já estaria me  perguntando o que o Sagat do street fighter tem a ver com a história então, vou explicar: Se você estudar a história dos personagens do jogo, vai descobrir que ele tem uma enorme cicatriz que atravessa toda a extensão do seu peito e que ela foi feita por um hadouken do Ryu. E por causa dela Sagat leva consigo, além da cicatriz que é prova externa de seu confronto, um ódio extremo de Ryu e leva seu sentimento de vigança às últimas consequências para recuperar sua honra. Outro motivo dele ser a imagem desse post, é que se eu colocasse uma imagem de cicatriz de verdade, ou até mesmo do meu rosto detonado como está devido ao tombo, isso chocaria e te levaria ao lado emocional mais do que eu quero que você vá.
    Todos nós temos cicatrizes em nosso ser, cicatrizes no corpo? Sim, mas essas são as mais lights, o grande X da questão está em nossas cicatrizes emocionais. Coisas que vêm acontecendo o tempo todo, durante toda a nossa existência, que acabam nos frustrando, motivando a vontade de vingança seja ela contra um fato, contra alguém ou contra nossos próprios desejos, princípios, etc... e o fato é que não estamos preparados pra lidar com isso!
    Estamos acostumados aos amores hollywoodianos, aos empregos de O aprendiz, as facilidades das redes sociais, aos amigos virtuais e aos inimigos também, a arrumar encrenca pra defender seu time de futebol, mas esquivar quando se trata de um ser humano (e nesse caso me refiro mais aos conhecidos do que aos desconhecidos, porque na maioria das vezes é mais fácil defender alguém que você tem expectativas, do que defender alguém que você conhece os defeitos e pontos fracos), _____________________________________________________(vou deixar esse espaço aqui pra você enumerar suas cicatrizes). E o fato de não sabermos lidar com isso faz-nos criar bloqueios emocionais, como se fôssemos donos do nosso próprio nariz, e nessas horas, se Deus aparecesse na nossa frente em carne e osso seriamos capazes de mandar Ele catar coquinho, rsrrsrs.
    A grande verdade é que somos criancinhas mimadas, sabe aquela que joga mal mas é a dona da bola, que ou vence ou bota a bola debaixo do braço e vai embora, deixando todos ali, olhando com cara de bobos e ainda pensa "tá vendo, precisam de mim, vão ter que vir atrás agora"... Eu estava assim, e acho que se você chego até essa parte do post, há grande possibilidade de você estar assim também, só que a verdade mesmo, é que é exatamente o contrário, porque ter a bola e não ter com quem jogar é bem pior do que simplesmente não ter a bola mas estar com um monte de gente ao redor pra fazer uma bola de jornal, ou inventar outra brincadeira. E aqui, bem neste ponto, entra a finalidade das cicatrizes: Podemos ser Sagats da vida real, os donos da bola, mas continuar chutando ela contra a parede, alimentando nosso ego, cheios de nós, mas sozinhos, não permitindo que as pessoas se aproximem (nem mesmo Deus), ou, deixar de ser besta e olhar para as cicatrizes, não lembrando das dores que elas nos causaram e sim, no aprendizado que elas nos trouxeram e até mesmo nos livramentos que Deus nos proporcionou através de seu grande amor e misericórdia e dividir a bola, jogar com todos da rua, do bairro, da cidade e sorrir, e fazer outras pessoas sorrindo, nos ajudar e seguir erguendo a cabeça e indo em frente, e quando outras cicatrizes acontecerem (sim, é provável que hajam outras, olhar para as que já existem e dizer,opaaaaa!já passei por tudo isso e vou passar por essa também!) poder continuar, ainda que as vezes chorando um pouco pela dor ocasionada, mas sempre com esperança de que será superado e há tanta gente lá, todos prontos a dar a mão e esperar a dor passar pra continuar o jogo, os sorrisos, A VIDA! e Deus... bom, ele é o pai que fica sempre ali com o mertiolate e o gelol na mão, cuidando pra você ficar bem e olhando pra ver não passam carros pra não estragar a alegria de todos.

humildemente eu agradeço por estar vivo, por ter saúde mesmo com alguns pontos, e agradeço a você que está lendo aqui, porque você faz parte da minha existência e eu não quero mais ser o dono da bola metido então... Vem comigo, vamos sorrir, brincar, VIVER!!!!