quinta-feira, 23 de maio de 2013

Ainda que seja...

Nas nossas sempre há algo que dizemos "ainda que seja a última coisa que eu faça...".
Pode ser relacionado a qualquer assunto, não tem muita regra pra algo que realmente gostaríamos de realizar mas ainda não o fizemos.
Porém, qual se refere a tais atos, o tempo é inimigo implacável. Ele vai consumindo nossos dias com requintes de crueldade e nos encostando e apertando cada vez mais contra a parede.
Sendo assim, ou tomamos uma atitude corajosa e realizamos o feito "impossível", ou olhamos as oportunidades passarem pela janela como uma linda alegoria do que podia ter sido, mas não foi. Depende de nós!

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Pela janela do ônibus

Imagine aquela imagem de comercial, um sujeito sozinho no ônibus, com olhar perdido pra o mundo e a cabeça encostada no vidro. Pois bem, não foram raras as vezes que isso aconteceu comigo e hoje foi mais um desses dias.
Bastou sentar e olhar pela janela. Pronto. Num piscar de olhos minha mente foi
Longe, deixando meu corpo ali, inerte.
Muito se deve ao fato de eu ser uma pessoa de certa forma introspectiva e, por isso, reflito muito sobre as coisas que me acontecem.
Assim como no banho, o assento de um coletivo se torna um lugar perfeito à reflexão e, algumas vezes, me faz entender algumas coisas, lembrar outras, sentir, sorrir de canto de boca, disfarçado pra não passar por retardado. Pensar na vida me faz bem, que mal tem?
Mas claro, pensar na vida não é tudo, afinal ela passa. E como passa ligeiro, mas pensar sobre ela é uma ótima forma de entendê-la para que se possa saber onde se quer chegar nela. Se chegaremos, não sei. Mas que o trajeto seja bom, como um passeio num jardim colhendo as flores (e espinhos também) que há nele.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Sol de inverno


 
 O inverno se aproxima trazendo consigo uma porção de sentimentimentos dos mais variados.
  Aos amantes da estação, a satisfação em tê-la por perto, inversamente proporcial ao sentimento do "passa rápido", vivido pelos veranistas de plantão.
  Paralelo a estes sentimentos, algumas peculiaridades se apresentam e, dentre elas, destaco o sol de inverno.
  Sou um observador assíduo do sol e da lua, tais paisagens me fascinam, por isso, já gastei muito tempo contemplando-os e, geralmente, tenho boas reflexões instrospectivas. Hoje pela manhã, saindo para o trabalho, fui surpreendido por um lindo céu azul e sol raiante, acompanhado de um gélico clima típico sulista e me peguei a pensar: Enquanto estava caminhando e o sol raiando sobre minha cabeça, o clima era cálido, aconchegante, mas, ao menor sinal de sombra, se tornava gélido, me fazia impulsivamente enfiar as mãos nos bolsos para aparar o frio. Claro que falando científicamente, sabemos que o sol no inverno "aquece menos" devido a posição da terra em relação a ele e uma série de outros fatores que contríbuem para o fenômeno, mas o que quero tratar, é sobre nossa vida mesmo, como estamos em constantes oscilações de inverno e verão e como o sol pode nos aquecer ao mesmo tempo o vento nos esfriar e ainda sim, nos proporcionar sentimentos inexplicáveis.
  Tratemos o sol, como as coisas boas da nossa vida, as realizações, sentimentos e conquistas que nos aquecem. Já o vento são os relacionamentos difíceis com familiares ou amigos, os negócios que não vão bem e todas as outras coisas que tentam nos puxar ao centro da terra, ou melhor, ao fundo do poço.
  Sendo assim, estamos numa constante da vida, essas oscilações permeiam nossa existência e está intimamente entrelaçada a ela. E como hoje quando saí para trabalhar, tanto sol quanto vento se faziam presentes me fazendo perceber que, para ter uma vida plena, depende muito mais de nós do que das "condições climáticas" da nossa vida, pois inverno e verão estaram sempre conosco e, na maioria das vezes, ao mesmo tempo. E nem por isso, a vida deixará de ser bela, linda, uma dádiva, um benção...não importa como você queira chamar, mas todos concordamos em dizer que o que vivemos neste momento, chamamos de PRESENTE! Por isso, aproveite bem o seu! Ache graça no inverno, festeje o verão, aprenda, lute corra, sonhe, realize, VIVA!
     
          

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Alguns dias....

    Sabe aqueles dias que você tem vontade de encher o tanque de gasolina do carro e sair sem rumo, pra onde o destino te levar? Apenas dirigir, com aquelas músicas da adolescência tocando e seu pensamento tão longe quanto a quilometragem que você já fez com o automóvel?
    Aqueles dias em que a música "Por aí" da Fernanda Takai faz todo o sentido pra ti, e não que você esteja triste, ou desesperado nem nada disso, simplesmente queria sair desse mundo por algum tempo.
    É, esses dias existem (pelo menos pra mim), e são exatamente neles que colocamos na balança grande parte da nossa vida. Embora não possamos sair dirigindo sem rumo, sempre damos nosso jeito de deixar apenas nosso corpo no lugar que deveria estar, enquanto nossa mente vai longe, muito longe. Pensamos naquele amor, naquele sonho, em como imaginávamos nossa vida adulta quando éramos crianças e, principalmente, analisamos o que têm valido à pena até aqui. É o dia do silêncio da voz e do diálogo do pensamento. Nesses dias, nosso cérebro e coração ficam tão grandes, que precisam deixar nosso corpo e tomar seu próprio rumo por instantes pra que não explodam e nos consumam pela ansiedade. 
     Embora sejam dias totalmente estranhos, sem cor e sem rumo às vezes, são totalmente válido pois são neles que encontramos o nosso equilíbrio, parece que nossos sentimentos sabem como nos chamar a atenção para pararmos um pouco e lembrarmos o quão frágeis e de carne e osso somos.