terça-feira, 4 de junho de 2013

tempo de ficar só...

    Rodolfo Abrantes descreve muito bem na música Quem tem coragem não finge, quando diz: é preciso ter um tempo longe daqui / tempo de ficar só / de andar na areia e sumir...
    Não que necessariamente tenhamos que sumir rumo à uma praia deserta e paradísiaca e sim que, um pouquinho de introspecção e reflexão não faz mal a ninguém.
    A vida é tão corrida, alucinante, que entramos em nossas rotinas e acionamos o modo automático, como se fossemos robôs altamente programados à execução das tarefas diárias com alto índice de performance, porém, como em qualquer máquina, sem nenhum raciocínio, apenas execução de tarefas.
    Sendo assim, muitas coisas passam despercebidas, momentos que poderiam marcar - e até mudar - a nossa vida de repente são levados pelo vento  sem ao menos sentirmos sua brisa. Infelizmente não podemos mudar o passado, mas todos os dias temos a chance de construir o presente, o qual resultará em nosso futuro.
    O problema do futuro resultante é que, muitas pessoas pensando nele, resolvem por sacrificar seu presente na busca de garanti-lo, porém, isso gera pessoas frustradas com seu passado (que outrora era presente) e, infelizes com seu presente (que outrora fora futuro). Tenho pra mim que o que realmente vale é fazer valer à pena, sentir de verdade, agir com vontade, sinceridade, correr atrás pra garantir o futuro também, isso faz parte, mas quando acaba anulando o momento vivido, o que têm valido?
    Nascemos nús, carecas e banguelas e, quando morrermos, não levaremos nada além de uma roupa que nos colocarão (a qual nem poderemos escolher) e um paletó de madeira. Mesmo assim, continuamos correndo em busca de conquistar tanta coisa, e às vezes ainda justificamos que queremos deixar aos nossos filhos, e eu me pergunto: Será mesmo?
    Ensinemos nossos filhos o que realmente vale à pena, e isso, são as coisas que não tem preço, e sim valor! E vivamos essas coisas também. Sonhar é bom, mas realizar é muito melhor.